Criança é encontrada morta em van escolar na Zona Leste de SP

Van escolar - Leste Online
Criança de 4 anos é encontrada morta dentro de van escolar em São Paulo — Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Motorista disse que achou que tinha deixado a criança na Cei Brás/Mooca. Esse é o segundo caso em pouco mais de um mês de uma criança encontrada morta em van escolar em São Paulo

g1


SÃO PAULO — Uma criança de quatro anos foi encontrada morta dentro de uma van escolar na Mooca, Zona Leste de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (18).

Por volta das 16h, a PM foi chamada para atender uma ocorrência na Rua Barra do Turvo. A condutora da van disse à polícia que tinha deixado a criança no Centro de Educação Infantil (Cei) Brás/Mooca mais cedo, mas quando chegou ao local, a criança não estava lá. Ela começou a procurar a criança em vários lugares e quando abriu a porta da van escolar, encontrou a criança já morta dentro da van.



Segundo a Prefeitura, a van escolar faz trabalho privado, não está vinculada ao serviço de Transporte Escolar Gratuito (TEG), e vai instaurar procedimento administrativo para investigar a conduta dos responsáveis pela van.

O caso foi registrado no 8º Distrito Policial.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que uma mulher de 52 anos foi presa em flagrante por homicídio culposo, na tarde desta segunda-feira (18), na rua Barra do Turvo, na Mooca.

Policiais militares foram acionados para atender a ocorrência de encontro de cadáver. No local informado, viram o corpo de um menino, de três anos, já sem vida, dentro de uma van escolar.

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A motorista da van, disse que deixou as crianças na escola e estacionou o veículo no quarteirão e foi realizar outras atividades.

“No momento em que ela foi buscar as crianças na escola, notou que o menino não estava lá. Ela foi até a van e localizou o corpo do menino. Prontamente, a mulher acionou a PM”, diz o texto.

O local foi preservado para a perícia e a mulher foi levada à delegacia, onde foi presa em flagrante e encaminhada à carceragem do 6° DP (Cambuci), permanecendo à disposição da Justiça.

Calor

São Paulo teve mais uma tarde quente nesta segunda-feira. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a média da temperatura máxima alcançou os 31,6°C e os menores índices de umidade se aproximaram dos 30%.

Esse é o segundo caso em pouco mais de um mês de uma criança encontrada morta em van escolar.

Em 14 de novembro, um menino dois anos foi esquecida na van escolar, na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo, na manhã desta terça-feira (14). O motorista encontrou a criança à tarde, no veículo, e o levou ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, no Parque Novo Mundo, sem vida.

Naquele dia, a tarde foi de forte calor, com termômetros em média dos 37,3°C, e os menores valores de umidade relativa do ar próximos aos 21%. A Defesa Civil tinha decretado estado de alerta na capital.

O que diz a Prefeitura

“A Prefeitura de São Paulo está consternada e lamenta profundamente o ocorrido. A Diretoria Regional de Educação (DRE) acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família.

De acordo com o Departamento de Transportes Públicos (DTP), a van escolar em questão realiza transporte privado, e não está vinculada ao serviço de Transporte Escolar Gratuito (TEG). O DTP irá instaurar processo administrativo para cassação do cadastro municipal de condutores escolares (CRMC) das motoristas vinculadas ao veículo, quanto da licença da van escolar, e irá acompanhar a apuração da polícia.

Cabe destacar que a contratação da van escolar privada ocorre entre o condutor e o responsável pela criança, não havendo intermediação da Prefeitura. O veículo, com fabricação em 2015, está cadastrado no sistema para o transporte escolar privado, e em situação regular. O veículo escolar passou por vistoria em março de 2023 e foi aprovado. A licença para o transporte escolar é válida até 08 de fevereiro de 2024. A documentação da motorista é regular.

A DRE está à disposição das autoridades competentes para auxiliar na investigação e a pasta permanece disponível para prestar todo o apoio necessário aos familiares.”