Vítimas foram pisoteadas depois da chegada da polícia em Paraisópolis. Quatro pessoas já foram identificadas, mas nomes não foram divulgados
R7
01/12/2019 – 21:47
SÃO PAULO — Após 9 mortes em um baile funk em Paraisópolis, na madrugada deste domingo (1), em que as vítimas morreram pisoteadas, a Polícia Militar deu uma coletiva de imprensa em que disse que a operação foi técnica, mas vai apurar o que aconteceu.
Segundo o tenente-coronel Emerson Massera, a polícia chegou ao baile por volta das 5h30 da manhã para dispersar o movimento. Ele disse que os policiais já haviam passado pelo local antes, para tentar evitar que o baile acontecesse, mas não conseguiram.
Ele diz que uma pessoa que estava correndo tropeçou e caiu, o que fez com que as outras pessoas atrás tropeçassem a caíssem e acabassem sendo pisoteadas. Ele afirma que não era “objetivo da polícia encurralar” os presentes.
A polícia já conseguiu identificar 4 das 9 vítimas, mas não divulgou o nome ou idade dos mortos.
A corporação vai apurar o que aconteceu no baile e a necessidade dos agentes em dispararem balas de borracha, bomba de efeito moral e gás lacrimogêneo contra a multidão.
Segundo estimativas da polícia, o baile em Paraisópolis tinha cerca de 5 mil pessoas, mas já chegou a ter 10 mil em eventos antigos.
A ocorrência fez parte da missão Noite Tranquila, que ocorre desde janeiro deste ano, em que a polícia é chamada para dispersar ou evitar que bailes funks se instalem em regiões da cidade. A PM disse que o número de ocorrências caiu desde o começo do ano.
Segundo o porta-voz, a missão “foi técnica e correta” e não há por que a PM mudar a atuação nos bailes funk mesmo depois das fatalidades desta noite.