Criança tinha sintomas de dengue, mas recebeu antibiótico para inflamação na garganta. Quadro piorou e teste só foi feito após retorno à unidade. Garoto recebeu medicamento na veia e faleceu logo depois. Caso foi registrado no 64°DP
g1
SÃO PAULO — Uma criança autista de quatro anos morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ermelino Matarazzo, na Zona Leste de São Paulo, na noite desta quinta-feira (2).
A família acusa a unidade de demora e falhas. Ele foi levado três vezes ao local. Em todas, apesar de ser paciente prioritário, ficou mais de cinco horas para conseguir atendimento.
De acordo com parentes, o menino foi levado ao PS com sintomas de dengue, mas nenhum exame foi realizado na primeira vez.
Ele foi diagnosticado por uma médica com inflamação na garganta, que prescreveu o uso de antibiótico.
O quadro se agravou e a família procurou novamente a UPA. Desta vez, foi feito o teste e ele positivou para a dengue.
A criança recebeu uma medicação venosa e começou a passar mal. Os pais relataram à TV Globo que começaram a notar que o filho estava ficando roxo e correram em busca de um médico.
O profissional encontrado, porém, disse que não poderia ajudar pois estava atendendo outro paciente.
Depois do ocorrido, os pais notaram que Heitor estava começando a fechar os olhos e, com isso, invadiram uma sala médica dizendo que o filho estava morrendo.
Pelo menos cinco médicos correram para tentar salvar o menino, mas não conseguiram e a criança morreu.
A família registrou boletim de ocorrência no 64º DP.
Em nota, a prefeitura se diz indignada com o caso e que vai fazer uma investigação rigorosa sobre o atendimento prestado ao menino. No texto, a gestão municipal lamenta e diz que segue à disposição da família.