Escola de samba vai abrir os desfiles de carnaval de São Paulo no dia 1º de março
Atualizado às 14:51
SÃO PAULO, 4 jan (G1) – De volta ao Grupo Especial do carnaval de São Paulo depois de 25 anos, a escola de samba Colorado do Brás faz seus ensaios em uma pequena rua encravada do famoso centro de comércio popular da cidade. A Rua Quixelos durante a semana é tomada pelas lojas de roupas, e aos fins de semana fica livre para a Colorado ensaiar.
Antônio Carlos dos Santos Borges, o Ká, presidente da Colorado do Brás, e Marcelo Guedes, o Pachoco, diretor-financeiro, estão na escola desde quando eram crianças.
“Comecei no chocoalho”, diz Ká. “Na minha época não tinha muita criança na bateria então você não tinha muita oportunidade de escolher o instrumento que quisesse.” Pachoco relata que ganhou um tamborim do pai. “Eu tentava acompanhar a bateria com o tamborim.”
Eles viveram o auge da escola. A Colorado ficou em sexto lugar no carnaval de 1987, mas caiu para o acesso em 1993, e daí em diante foi ladeira abaixo. Chegou ao Grupo 3 da União das Escolas de Sambas Paulistanas, uma das últimas divisões do carnaval. Foi aí que o Ká e o Pachoco decidiram tomar uma atitude: entrar na diretoria.
“A escola ia acabar. A gente não aceitava. Do jeito que a escola estava sendo tratada, o ponto de vista do mundo do samba, a credibilidade nas praças”, lembra Ká.