Alexandre Silveira participou de evento da Enel em SP nesta quinta (12) e comentou sobre medidas para reduzir os impactos da atual crise hídrica sobre o setor elétrico. Após a análise, proposta será submetida a decisão do governo Lula
g1
SÃO PAULO — O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quinta-feira (12) em São Paulo que deve receber até a próxima segunda (16) o estudo sobre a volta do horário de verão.
A medida é considerada para reduzir os impactos da atual crise hídrica sobre o setor elétrico. Após a análise, a proposta será submetida a decisão de governo.
“O horário de verão é uma possibilidade, mas ele tem toda uma estrutura sendo construída em torno das soluções globais para que a gente atravesse o período do verão. Eu vou receber esse trabalho até segunda-feira e, se ele apontar por esse caminho, nós vamos submeter claramente a uma decisão de governo, já que ele tem também repercussões em algumas áreas até positivas. No comércio, por exemplo, no turismo, em bares e restaurantes, tem muita gente que entende que o horário de verão é um horário inclusive que robustece a economia.”
“Vamos estudar isso com serenidade. É uma conjugação entre a segurança energética, tão fundamental, da melhor qualidade da prestação e serviço das distribuidoras e da robustez da economia nacional”.
Horário permanente desde 1985
O horário de verão foi instituído pela primeira vez em 1931, no governo de Getúlio Vargas. Mas só passou a ser adotado com constância a partir de 1985.
A medida foi criada para aproveitar a iluminação natural durante o verão, quando os dias são mais longos e as noites mais curtas. Dessa forma, há economia de energia e redução do risco de apagões.
Suspensão no governo Bolsonaro
Em 2019, no governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL), o horário de verão foi suspenso. A medida já era avaliada no governo de Michel Temer (MDB ).
Na ocasião, o governo afirmou que o adiantamento dos relógios em uma hora perdeu “razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico”, por conta de mudanças no padrão de consumo de energia e de avanços tecnológicos, que alteraram o pico de consumo de energia.
A suspensão do horário de verão resistiu inclusive à crise hídrica de 2021. Na época, o governo chegou a estudar a retomada da política, solicitando um parecer do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).