A gratuidade vai valer para todos os passageiros nos 4.830 ônibus da capital, em suas 1.175 linhas, da 0h às 23h59 dos domingos
g1
SÃO PAULO — Quem pegar ônibus municipais neste domingo (e nos próximos) na cidade de São Paulo não vai pagar pela tarifa.
A gratuidade, implantada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), vale para todos os passageiros em todos os 4.830 ônibus da cidade, em suas 1175 linhas, da 0h às 23h59. Também vai haver tarifa zero no Natal, no Ano Novo e no aniversário de São Paulo, no dia 25 de janeiro.
A prefeitura vai deixar de receber R$ 283 milhões com as tarifas pagas aos domingos, e vai tirar do orçamento para cobrir esse montante.
Em novembro, Nunes, que é pré-candidato à reeleição, já havia anunciado a implantação da tarifa zero ainda neste ano.
Segundo o prefeito, não será necessário o aumento da frota. “A própria ociosidade vai poder assimilar essa demanda”, disse. “As pessoas vão poder curtir e viver a cidade, ter suas ações desenvolvidas de esporte, cultura e lazer”, completou.
Questionado sobre a validade da medida, Nunes não deu prazo. “A intenção é manter a gratuidade para sempre.”
Só os ônibus terão gratuidade. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se manifestou contrário à tarifa zero e disse ainda que a “tarifa congelada há muito tempo prejudica a saúde das empresas”. Nesta semana, ele anunciou que as passagens de metrô e trem passarão a custar R$ 5 em 1º de janeiro de 2024.
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“Não é necessário que Metrô e CPTM tenham a gratuidade. Os ônibus atendem 100% do nosso objetivo”, disse Nunes.
O presidente da SPTrans, Levi dos Santos Oliveira, afirmou que o passageiro ainda precisará passar o bilhete no leitor das catracas para fins estatísticos. Para o usuário que não tem bilhete, é possível usar o bilhete de bordo do cobrador. Caso não haja cobrador, o motorista libera a entrada.
O relatório final que trata da tarifa zero foi aprovado na última quarta-feira (6) pela Câmara Municipal de São Paulo.
“A Câmara Municipal também fez um estudo importante para que isso possa se tornar uma realidade, é preciso um exercício financeiro. A comissão de finanças já reservou uma rubrica a respeito do projeto”, disse o vereador Fábio Riva (PSDB).