Coletor de lixo é preso por estupro de vulnerável após tentar beijar crianças em escola municipal na Zona Sul

Câmeras de segurança - Leste Online
Câmeras de segurança flagraram momento em que catador de lixo tenta beijar crianças em escola da Zona Sul de SP — Imagem: Reprodução

Câmeras de segurança flagraram o momento em que funcionário de uma empresa terceirizada pela prefeitura entrou na instituição e tentou beijar alguns estudantes. Após a Guarda Civil ter acesso às imagens, o homem de 51 anos foi preso em flagrante

g1


SÃO PAULO — Um coletor de lixo foi preso em flagrante por estupro de vulnerável, na noite desta quarta-feira (22), após ser flagrado por câmeras de segurança tentando beijar crianças na Escola Municipal Oliveira Viana, no Jardim Planalto, na Zona Sul de São Paulo.

Nos vídeos, é possível ver o momento em que José Evaristo da Silva, de 51 anos, entra no colégio e tenta beijar alguns estudantes, que se afastam. Ele, então, segue para outro grupo de crianças e chega a sentar no colo de uma das vítimas.

Após mais algumas tentativas, o homem interage com outra estudante e chega a comer uma fruta que estava em sua mão.

A Guarda Civil Municipal foi chamada e, depois da avaliar as imagens, conseguiu identificar o homem e a empresa em que ele trabalha. A partir dessas informações, a corporação foi à residência de José e realizou a prisão.

De acordo com agentes da GCM, no momento em que foi preso o suspeito não reconheceu a ação como criminosa. Segundo ele, esse tipo de “brincadeira” com alunos é normal.

Ainda durante a noite, mais sete pessoas foram ouvidas, entre duas elas vítimas, familiares, testemunhas e representantes da empresa em que José trabalha.

Na delegacia, José Evaristo foi autuado em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável. Segundo o delegado responsável pelo caso, a decisão foi tomada com base no Código Penal, que qualifica como crime “ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos.”

Além das câmeras de segurança, um inspetor do colégio também flagrou a ação do homem e o advertiu. Em seguida, acolheu e orientou as vítimas a levar o caso para a direção.

De acordo com testemunhas, José ia ao colégio semanalmente para recolher o lixo, mas essa foi a primeira vez que demonstrou o comportamento. Segundo a GCM, esse é o terceiro caso em escolas da região.

“Em outros casos, não chegamos ao extremo como na data de hoje. Porém, estamos procurando orientar as escolas a entrar em contato com as empresas e verificando se existe treinamento desses coletores nas escolas porque o coletor não pode ter contato com as crianças”, afirma a subinspetora da GCM, Sheila Eliane Moreira.

Em nota, a empresa Ecourbis Ambiental, terceirizada pela prefeitura, disse que repudia veementemente o episódio envolvendo um trabalhador contratado pela concessionária, e que toda ação contrária ao código de ética da empresa é passível de sanções, inclusive demissão.

A concessionária reforça ainda que possui cerca de 3 mil e 500 colaboradores e que este caso, apesar de isolado, será tratado com rigor, acompanhando os desdobramentos legais.