Estelionatário é detido após dar golpe em motoristas de aplicativo

O suspeito de aplicar golpes, Janderson Beker. Créditos: Divulgação DEIC

Suspeito se dizia secretário de órgãos ligados à Prefeitura e governo

O suspeito de aplicar golpes, Janderson Beker. Créditos: Divulgação DEIC

Com a promessa de uma renda de até R$ 6 mil por mês, um estelionatário foi preso nesta terça-feira (26), na zona leste de São Paulo. O suspeito Janderson Beker se passava por “secretário de novos negócios” de órgãos ligados a Prefeitura e ao governo do Estado. Para aplicar os golpes, ele dizia às vítimas que estava selecionando motoristas de aplicativo para trabalhar com o transporte de funcionários destes locais e cobrava R$ 280 para cada pessoa ingressar no grupo.

No celular do suspeito foram localizados três grupos, totalizando cerca de 300 pessoas que podem ter caído no golpe. A polícia investiga quantas pessoas fizeram o pagamento.

Segundo a apuração realizada pelo delegado Fábio Pinheiro Lopes, titular da 5º delegacia de patrimônio, Beker atraía as vítimas argumentando que elas poderiam ter maiores ganhos se convencessem outras pessoas a participarem da proposta. Fábio de Oliveira Lopes, de 37 anos, foi uma das vítimas. De acordo com Patrícia Oliveira, mulher do motorista, o casal ficou sabendo do golpe por meio de um aplicativo de mensagens.

— Chegamos a enviar documentos do meu carro para checagem deles. Teve até reunião na casa de uma pessoa explicando como tudo funcionaria.

Ela afirma que a maior preocupação dela, no momento, não é valor desembolsado no esquema, mas sim cair em outra ação fraudulenta.

— Passamos todos os documentos referentes ao nosso veículo e temos medo do que pode ser feito por eles.

A vítima diz, ainda, que o trabalho oferecido ao marido era chance da família ter um fôlego financeiro num momento díficil.

— Temos três filhos, um deles, bebê. Estou desempregada e meu marido é o único que trabalha. Esssa renda de R$ 7 mil que foi prometida, mudaria nossa vida.

O salário de motorista começaria em R$ 4 mil podendo chegar a R$ 6 mil, se a pessoa se tornasse líder do grupo. Para tal, era necessário trazer novas pessoas para o compor o quadro da equipe. A taxa cobrada por Beker era de R$ 280 por participante. O valor seria referente a emissão de documentos, crachá e testes obrigatórios para a função.

A polícia disse disse que o suspeito alegou que realmente trabalhava recrutando motoristas para órgãos públicos. A defesa não foi localizada pela reportagem.

Fonte: R7