Edson Aparecido disse que Bruno Covas já tomou a decisão de que não tem “como relaxar nas medidas de isolamento”. Notificações da doença passaram de 812 por dia para 3.400 na última semana
G1
30/04/2020
SÃO PAULO — A cidade de São Paulo terá a quarentena prorrogada após o dia 10 de maio e vai adotar restrições mais rígidas para impedir o avanço do coronavírus na cidade. Nesta quarta-feira (29), a cidade registrava 1.456 mortos pela doença.
“Já há uma decisão tomada, nós não temos como relaxar as medidas de isolamento a partir do dia 10 de maio. Na capital é absolutamente impossível fazermos isso, ao contrário, nós estamos iniciando uma discussão na prefeitura para que a gente possa fortalecer algumas dessas medidas para que a gente consiga fazer com que o isolamento na cidade possa crescer desse patamar de 48%”, afirmou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.
A partir do dia 11 de maio, o governo do estado deve flexibilizar o funcionamento do comércio em algumas regiões em que há poucos casos da Covid-19.
Entre as novas restrições, a Prefeitura de São Paulo deve bloquear algumas vias da cidade. “Você faz um processo de bloqueio e você reduz muito [tráfego] fazendo com que as pessoas se desestimulem a sair de casa, sobretudo nas regiões onde a pressão no sistema de saúde tem aumentado continuamente”, disse Aparecido. Entre as regiões que devem ter os bloqueios estão Brasilândia, no extremo Norte da capital. O distrito de Brasilândia registra o maior número de mortos da cidade, com 81 mortes até o dia 24 de abril.
Bairros com maior números de mortes até 24 de abril:
- Brasilândia (Zona Norte) – 81 mortes
- Sapopemba (Zona Leste) – 77 mortes
- São Mateus (Zona Leste) – 58 mortes
- Cidade Tiradentes (Zona Leste) – 51 mortes
- Vila Nova Cachoeirinha (Zona Norte) – 50 mortes
- Sacomã (Zona Sul) – 50 mortes
- Freguesia do Ó (Zona Norte) – 47 mortes
- Capão Redondo (Zona Sul) – 46 mortes