Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos, apenas 25% dos usuários da CPTM e 15% do Metrô não usam Bilhete Único e, portanto, serão impactados com fechamento das bilheterias até o fim do ano
g1
SÃO PAULO — O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, afirmou nesta segunda-feira (4) que, antes do fechamento completo das bilheterias do Metrô e da CPTM, o governo de São Paulo pretende reforçar o sistema de autoatendimento nas estações e também a rede de venda de bilhetes virtuais em prestadores de serviços privados.
A promessa foi feita depois que o governo paulista anunciou durante a manhã que pretende fechar todas as bilheterias do Metrô e da CPTM até o fim deste ano, priorizando a venda virtual dos bilhetes com QRCode, através do aplicativo TOP.
A secretaria aponta que cerca de 25% dos usuários diários da CPTM e 15% do Metrô não usam o cartão do Bilhete Único ou do BOM e, portanto, serão impactados diretamente com o fechamento das bilheterias nas estações.
Por isso, antes do fechamento, haverá ampliação dos pontos de venda do bilhete virtual conveniados, geralmente localizados em estabelecimentos comerciais ao redor das estações, e também a correção dos problemas técnicos que os terminais de autoatendimento frequentemente apresentam aos usuários do transporte público de São Paulo na hora da compra.
“A disponibilização das máquinas de vendas automáticas serão realizadas, sobretudo, em estações onde já é sabido que existe essa demanda. Uma rede credenciada, assim como foi muito funcional na transição da telefonia celular, também está sendo criada e ampliada fundamentalmente ao redor das estações para que o cidadão posso também adquirir bilhetes físicos ou virtuais dentro dessas lojas que estarão credenciadas”, comentou.
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Segundo o secretário, o encerramento da venda de bilhetes em dinheiro nas estações até o fim do ano é uma medida que visa economizar até R$ 100 milhões por ano às duas companhias, em estrutura de segurança e emissão dos atuais bilhetes em papel.
“O custo de manuseio desse bilhete, que é tratado como dinheiro, é bastante oneroso. Bilheterias blindadas, carros-fortes para que a comercialização chegue até as estações. Quando o cidadão compra na bilheteria e deixa no bloqueio, aquilo é como dinheiro, portanto, exige uma equipe de segurança para que ele recolha nos bloqueios e volte às bilheterias para serem comercializados novamente. Existe também custo de aquisição do bilhete magnético. O papel, que era da Casa da Moeda, que deixou de produzir, passou a ser feita por uma empresa estrangeira, aumentou os custos com a variação do dólar”, explicou.
Alexandre Baldy afirmou que, apesar da redução de custo, nenhum dos empregados que trabalha nas bilheterias do Metrô e da CPTM serão demitidos, com exceção dos terceirizados.
Bilhete digital
No final de 2020, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos lançou o bilhete unitário digital para ser utilizado nas estações do Metrô e da CPTM.
Batizado de TOP, o bilhete funciona por meio de QR Code em aplicativo de celular ou pode ser impresso em máquinas de autoatendimento. O valor da passagem é o mesmo do Bilhete Único: R$ 4,40.
O usuário pode comprar diariamente pelo aplicativo até dez bilhetes que não têm prazo para expirar. Os bilhetes unitários em papel ainda não têm data para sair de circulação.
O governo de São Paulo afirmou que cerca de 40 milhões de bilhetes com o QRCode já foram comercializados e emitidos pelo aplicativo TOP, do Metrô e da CPTM em São Paulo.
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