Polícia prende suspeito de atear fogo e matar morador de rua na Mooca

Incêndio Mooca - Leste Online
Imagens feitas por moradora de prédio mostram fogo em morador de rua e chegada do resgate em São Paulo — Foto: Arquivo Pessoal
Suspeito, que também é morador de rua, foi identificado com o auxílio de câmeras de segurança e teve prisão temporária decretada pela Justiça

G1
08/01/2020


Incêndio Mooca - Leste Online
Imagens feitas por moradora de prédio mostram fogo em morador de rua e chegada do resgate em São Paulo — Foto: Arquivo Pessoal

SÃO PAULO — A Polícia Civil prendeu na madrugada desta quarta-feira (8) o suspeito de atear fogo e matar um morador de rua na Mooca, na Zona Leste de São Paulo. A vítima dormia quando foi atingida pelas chamas no último domingo (5).

O suspeito, que também é morador de rua, Flausino Campos, conhecido como Buiu, teve o pedido de prisão temporária decretada pela Justiça. A polícia ainda não sabe se a vítima e o suspeito tinham alguma desavença. O preso será ouvido na tarde desta quarta.

Os investigadores conseguiram identificar o suspeito com o auxílio de novas imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas.

Carlos Roberto Vieira da Silva, de 39 anos, teve 70% do corpo queimado pelas chamas. Ele chegou a ser internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal do Tatuapé, mas morreu na manhã desta segunda-feira (6).

O delegado responsável considerou que ele assumiu o risco de matar a vítima e, por isso, pediu a prisão pelo crime de homicídio doloso. O caso é investigado pelo 18º DP, do Alto da Mooca, na Zona Leste.

Enterro

O corpo de Carlos Roberto Vieira da Silva será sepultado na manhã desta quarta-feira (8), no Povoado Lagoa Bonita, em Nossa Senhora da Glória, no Sertão sergipano, onde reside a sua família.

Ele chegou a Sergipe no final da tarde desta terça-feira (7), no Aeroporto Santa Maria, em Aracaju.

Segundo o amigo da família, Luiz Carlos Almeida, ele costumava se dividir entre os dois estados para trabalhar com reciclagem. “Sempre que ele estava em São Paulo trabalhava catando latinha e papelão para reciclar. As vezes ela passava um ano ou dois por lá. Mas sempre mantinha contato com a família. É uma tristeza muito a grande a crueldade da qual ele foi vítima”, disse.