Secretaria de transportes diz que haverá redução nos custos da operação com os novos contratos com as viações já em vigor
Diário do Transporte
20/12/2019 – 20:16
SÃO PAULO — O prefeito Bruno Covas e o Governador João Doria autorizaram aumento de dez centavos, de R$ 4,30 para R$ 4,40, da tarifa de ônibus da SPTrans, CPTM e Metrô para o ano de 2020 na capital paulista.
Em nota, prefeitura e Estado dizem que o reajuste será em 1º de janeiro
Nota Conjunta Prefeitura da Cidade de São Paulo e Governo do Estado de São Paulo:
Reajuste das tarifas do transporte público ficará abaixo da inflação em 2020
Reajuste será de 2,33% e tarifas passam a valer em 1º de Janeiro.
A tarifa básica do transporte público coletivo para ônibus, metrô e trem para 2020 será R$ 4,40 a partir de 1º de janeiro de 2020. O reajuste é de 2,33% e está abaixo da inflação anual prevista pelo boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC), que é de 3,86% (Focus de 13/13/2019).Se as tarifas seguissem a recomposição inflacionária, o valor sairia dos atuais R$ 4,30 para R$ 4,47.
As novas tarifas foram encaminhadas hoje para os presidentes da Câmara Municipal e para a Assembleia Legislativa e mantêm as atuais gratuidades existentes. Diariamente 8,3 milhões de passageiros são transportados nas 13 linhas disponíveis no Metrô e na CPTM e 8,8 milhões nos ônibus da capital.
O secretário municipal de mobilidade e transportes, Edson Caram, apresentou no CMT – Conselho Municipal de Trânsito e Transportes, a proposta com o valor de R$ 4,40, representando 2,33% de reajuste, abaixo dos índices oficiais de inflação.
Segundo a apresentação, se fossem aplicados índices inflacionários, a tarifa poderia ser de R$ 4,47 (IGP-M/FGV + 3,97%); R$ 4,45 (IPC/Fipe + 3,53%) ou R$ 4,44 (IPC-A/IBGE + 3,27%).
Os subsídios para complementar a arrecadação tarifária do sistema de ônibus municipais que devem ultrapassar R$ 3,1 bilhões, em 2019 ,terão um orçamento que prevê redução para R$ 2,4 bilhões para 2020.
A renovação da frota vai ser intensificada pelas empresas, com a compra de ônibus mais caros, com ar-condicionado, automáticos, suspensão a ar e algumas unidades movidas à eletricidade, o que deve ampliar o custo operacional.
A principal fórmula que deve ser adotada pela prefeitura para reduzir custos totais do sistema, mesmo com a compra de ônibus mais caros e outros investimentos, é readequar as linhas da cidade, eliminando trajetos sobrepostos e alterando itinerários.