Obras de, ao todo, 8 CEUs estão parados na capital e serão retomadas em 2018, diz Prefeitura
As obras de três centros educacionais unificados (CEU) de São Paulo, que estão paradas há meses, incomodam moradores de dois bairros da Zona Leste da capital. Na Cohab Padre José de Anchieta, moradores próximos reclamam que a sujeira e a poeira voam para as casas.
No Jardim São Vicente, a comunidade perdeu uma área para a prática de esporte e cultura para a construção do CEU São Miguel. Mas, até agora, nada foi construído.
A Prefeitura disse que, ao todo, são 8 obras de CEUs que começaram na gestão passada e que estão paradas. Segundo a Prefeitura, o orçamento deixado para 2017 não previa verbas para terminar esses CEUs.
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A Prefeitura informou que priorizou a retomada das obras de 26 creches e que ainda vai retomar os trabalhos para finalizar 8 CEUs.
Os moradores da Zona Leste chegaram a reclamar com a prefeitura, mas não receberam a informação de quando os trabalhos serão retomados. E os moradores reclamam que perderam áreas de lazer.
“Tinha já um clube onde tínhamos ginástica para idosos, curso de informática, quadra de esporte, e hoje a gente perdeu esse espaço”, diz a assistente administrativo Lúcia Barbosa da Silva.
A líder comunitária no Jardim Nossa Senhora do Carmo, Parque do C
Carmo 2, Maria Aparecida Vieira, relata que já houve invasões e roubo de tapumes.
Na Cohab José Anchieta, a entrega estava prevista para o fim de 2017. “As obras estão paradas desde que mudou o governo, parou a obra”, diz o líder comunitário Marcílio Vieira de Lima.
O futuro CEU Anchieta seria um centro de educação e lazer esperado pelos moradores de 380 prédios – são 17 mil pessoas. O que há é um esqueleto. A dona de casa Giulliana Antoneli diz que o pó prejudica
crianças com problema respiratório.
As consequências do abandono já invadem a Avenida Silvio Torres. A lama da obra inacabada ocupa toda a calçada e parte da rua.
Já no CEU São Miguel, também há abandono. “A placa dizia que era previsão de término para dezembro de 2016. Em 2017, após um período parado, a obra recomeçou.
Os moradores contam que, no terreno, havia uma estrutura montada que era mantida pela comunidade, com centro desportivo, sala de leitura, de informática, praça de eventos, e até um mini balneário, com piscina coberta e aquecida. A maior parte foi destruída e só sobrou um pequeno campo de futebol.
A obra, estimada em R$ 49 milhões, deveria ter sido entregue nesta semana, mas não está nem perto de terminar.
Fonte: G1