Secretário de Transportes de Doria é preso em casa em operação da Lava Jato

Alexandre Baldy
Ministro das Cidades Alexandre Baldy Uberaba investimentos — Foto: Neto Talmeli/Prefeitura de Uberaba
Alexandre Baldy foi levado à sede da PF na capital paulista. Operação apura desvios na saúde envolvendo órgãos federais. Prisão temporária do secretário é uma das seis expedidas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do RJ

G1
06/08/2020


Alexandre Baldy
Ministro das Cidades Alexandre Baldy Uberaba investimentos — Foto: Neto Talmeli/Prefeitura de Uberaba

SÃO PAULO — O secretário dos Transportes Metropolitanos do governo de São Paulo, Alexandre Baldy de Sant’Anna Braga, foi preso pela Polícia Federal em sua casa, no Jardins, na Zona Oeste de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (6).

Ele é um dos alvos da Operação Dardanários, que apura desvios na Saúde no Rio de Janeiro e em São Paulo, envolvendo órgãos federais.

Baldy é um industrial e político filiado ao Progressistas (PP). Foi ministro de estado das Cidades no governo de Michel Temer. Foi eleito deputado federal por Goiás em 2014, e atuou como secretário de Indústria e Comércio do Governo de Goiás de 2011 a 2013.

O secretário foi levado à sede da Polícia Federal, na Zona Oeste da capital paulista. Segundo informações iniciais, a motivação do pedido de prisão temporária de Baldy não está relacionada ao cargo que ocupa no governo paulista.

De acordo com a PF, foram apreendidos R$ 90 mil dentro de um cofre em um imóvel do secretário em Brasília.

Em nota, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos disse que “colaborou junto à PF enquanto estiveram no prédio. Após as buscas, nenhum documento ou equipamento foi levado pela Polícia Federal.”

A reportagem ainda aguarda retorno da defesa do secretário.

A prisão do secretário é uma das seis expedidas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do RJ na operação.

Também são cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em Petrópolis (RJ), São José do Rio Preto (SP), Goiânia e Brasília.

A operação é um desdobramento das investigações realizadas no âmbito das operações Fatura Exposta, Calicute e SOS.

Os suspeitos responderão pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo a PF, dardanários são “agentes de negócios, atravessadores que intermediavam as contratações dirigidas”.