Metrô de SP entra em greve nesta quarta-feira, decide sindicato

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Metrô de SP entra em greve nesta quarta-feira, decide sindicato - Imagem: Fabio de Jesus/Leste Online

A paralisação não afeta as linhas 4-amarela e 5-lilás, que são privatizadas, apenas as linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha, além da linha 15-prata do monotrilho, todas operadas pelo Metrô

Folha


SÃO PAULO — O Metrô de São Paulo vai entrar em greve a partir da 0h desta quarta-feira (19), decidiu o Sindicato dos Metroviários em assembleia na noite desta terça (18).

A greve foi convocada após a gestão João Doria (PSDB), do governo paulista, não aparecer na audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho que havia sido marcada para esta terça.



Em campanha salarial, o sindicato diz que está sem reajuste há dois anos e não pagou a participação nos resultados de 2019 e 2020.

Segundo a entidade, o Metrô propôs reajuste salarial de 2,6% não retroativo, menos do que os 9,7% propostos pelo Ministério Público do Trabalho.

A paralisação não afeta as linhas 4-amarela e 5-lilás, que são privatizadas, apenas as linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha, além da linha 15-prata do monotrilho, todas operadas pelo Metrô.

Procurado, o governo de São Paulo não se manifestou até a publicação deste texto.

Além da disputa salarial, o sindicato também está brigando com o governo contra a venda do terreno onde fica a sede da entidade.

O governo marcou para o próximo dia 28 a abertura dos envelopes com propostas para compra do terreno onde o prédio do sindicato está instalado, na zona leste da cidade, entre as estações Carrão e Tatuapé da linha 2-vermelha do Metrô.

O terreno foi cedido pelo governo de São Paulo por comodato (empréstimo) ao sindicato no fim dos anos 1980, e a categoria inaugurou um prédio no local em 1991, conta Wagner Fajardo, coordenador da entidade.

No fim de abril deste ano, no entanto, o governo Doria abriu licitação para vender o terreno e pediu a desocupação do local em até 60 dias.

O sindicato afirma que a venda tem motivações políticas, uma vez que a categoria critica as privatizações e concessões feitas pelo governo.


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