O cabo Júlio Cézar Bezerra reanimou Júlia com massagem cardíaca e manobras respiratórias. É a segunda vez que ele salva uma criança
G1 – São Paulo – Na última terça-feira (15), o policial militar Júlio Cézar Bezerra da Silva, de 51 anos, estava na Base Comunitária de Segurança de Vila Prudente, Zona Leste de São Paulo, aguardando a rubricação de sua aposentadoria, que está prestes a sair, quando uma mulher entrou no local pedindo socorro. Ela queria salvar a vida de uma bebê de sete dias que estava desfalecida.
A mulher é a recepcionista de uma clínica pediátrica próxima à base. Por volta de 14h30 daquele dia, pouco antes da primeira consulta da vida da recém-nascida Júlia Garcia Querino, a vó da menina foi tirá-la do bebê conforto e percebeu que ela estava desfalecida, roxeando e sem sinais vitais. Como elas haviam chegado cedo para a consulta e o médico ainda não estava na clínica, a recepcionista correu à base da polícia para pedir ajuda.
Ao chegarem à clínica, Júlio Cézar e o cabo Marcos José Silva perceberam que Júlia estava sem respirar e decidiram levá-la ao hospital mais próximo, o João 23, na Mooca. Enquanto Marcos dirigia, Júlio fazia procedimentos como massagem cardíaca e manobras de respiração para tentar reanimar a criança. Em meio às tentativas para reanimar a bebê, o PM percebeu que a menina se mexeu e a respiração dela voltou.
“Foi uma coisa muito emocionante, por ser com criança. Conseguir fazer ela reanimar, não tem como explicar, foi por Deus mesmo”, contou Júlio ao G1.
Júlia fez exames, foi internada e ficou em observação, mas está bem. O policial contou que a mãe e a avó da menina estavam desesperadas e tinham certeza de que ela havia falecido.
Em vídeo enviado aos policiais, a mãe relatou que os PMs agiram muito rápido e que ela ficava o tempo todo perguntando se a filha havia voltado a respirar. “Eu agradeço a vida da minha filha a esses dois policiais maravilhosos que Deus colocou no caminho da gente”, disse.
Não foi a primeira vez que o policial salvou uma criança. Há cerca de oito anos, ele viu uma menina de três anos, também chamada Júlia, ser atropelada. Ela fraturou a perna, os braços e três costelas, mas Júlio conseguiu reanimá-la até o resgate chegar e prestar socorro. A criança ficou bem. Ele, que é pai e avô, disse que nesses momentos é inevitável pensar que podia ser com a própria família e que isso emociona muito.