Suspeito de ajudar ladrão morto por mãe PM em Suzano é preso

Bandido armado aborda mães e crianças em frente de escola particular de Suzano - Reprodução

Suspeito de 24 anos já teve a prisão temporária decretada pela Justiça

 

Bandido armado aborda mães e crianças em frente de escola particular de Suzano – Reprodução

 

Folha de SP – São Paulo – Um homem de 24 anos foi preso nesta sexta-feira (18) sob suspeita de envolvimento na tentativa de assalto que terminou com a morte do ladrão após a reação de uma policial militar, no último sábado (12). A PM aguardava a abertura da escola da filha, na véspera do Dia das Mães, quando ocorreu o crime.

Na ocasião, a cabo da PM Kátia da Silva Sastre, 42, reagiu quando Elivelton Neves Moreira, 21, sacou a arma contra um grupo de mães e crianças que estavam em frente a uma escola particular de Suzano, na Grande SP, e atirou. Moreira morreu, e Sastre foi homenageada pelo governador Márcio França (PSB).

Nesta sexta, Kelvelliny Pitter Santos de Lima, 24, se entregou na Delegacia de Homicídios de Mogi das Cruzes, também na Grande SP, após ter a prisão temporária de cinco dias decretada pela Justiça.

 

 

A identificação de Lima ocorreu após a polícia flagrar, por câmeras de segurança, um veículo passando pelo local do crime, segundos antes do tiroteio. Os policiais constataram que o carro havia sido reportado como roubado e o telefone da mesma pessoa que fez a notificação, comunicou depois o local onde ele havia sido abandonado.

Lima contou à polícia, segundo seu advogado, Kaled Lakis, que apenas deu uma carona a um conhecido de infância e, ao perceber que ele abordou as vítimas logo em seguida, se desesperou, já que ele possui uma condenação anterior por furto, e abandonou o carro, pedindo que a mulher reportasse o roubo.

No mesmo dia, no entanto, a esposa de Lima, Fernanda Beatriz da Silva Barbosa, teria reconhecido o veículo nas imagens veiculadas depois do crime. Com isso, ele confessou a ela o que havia ocorrido e o local onde o carro estava.

Ainda de acordo com o advogado, a mulher comunicou à polícia, anonimamente, a área em que o veículo estava “para que não fosse roubado”, o que levantou suspeitas da polícia.

Lima foi indiciado por tentativa de homicídio e falsa comunicação de crime e sua mulher pela falsa comunicação do crime. A polícia chegou a pedir a prisão temporária dela, mas foi negada pela Justiça.

O advogado afirmou que Lima é um “garoto comum” e espera que o delegado veja isso e não peça a prisão preventiva (por tempo indeterminado) após o térmico da temporária. Ele, porém, diz acreditar que, por ele já ter sido condenado por furto antes, é provável que a prisão temporária seja transformada em preventiva.