Maioria dos ambulantes é imigrante; lojistas locais reclamam de prejuízo
[Agora SP] Lojistas da região do Largo da Concórdia, no Brás (região central de São Paulo), reclamam que há cerca de três meses vem aumentando o número de camelôs irregulares que ocupam as calçadas e vias do bairro. Os ambulantes são principalmente de países como Nigéria, Senegal, Haiti e Bolívia.
Os ambulantes estendem lonas ou tecidos no chão e colocam os produtos, principalmente roupas, aproveitando a vocação comercial da região. Quando percebem a chegada do “rapa”, recolhem tudo rapidamente e mudam de lugar.
“O fluxo cresceu bastante de uns três meses para cá. As calçadas ficam tão lotadas que os clientes não conseguem mais entrar nas lojas. Estamos tendo muito prejuízo”, afirma Laíssa Santos, gerente de uma loja de lingeries.
A opinião é compartilhada por Lucas Pereira Cardoso, 54 anos, proprietário de uma loja de roupas infantis.
“Entendo a situação difícil dos imigrantes, eles precisam se sustentar. Mas estão atrapalhando os comerciantes legais que pagam os impostos corretamente”, ressalta Cardoso.
“Praticamente não dá mais para andar em algumas calçadas e ruas”, conta a aposentada Maria Aparecida Ribeiro Simões, 63 anos, que estava com a irmã para comprar o enxoval da neta.
Há também opiniões divergentes. “Pelo menos eles vendem com preços mais baixos. Fica mais fácil para pagar”, diz a cozinheira Beatriz Gonçalves, 36 anos.
Outro Lado
A gestão Bruno Covas (PSDB) respondeu que realiza ações para coibir o comércio irregular na região e que apreendeu neste ano 3.000 lotes de produtos na área.
A Secretaria de Segurança Pública, da gestão Márcio França (PSB), respondeu que aproximadamente 200 policiais realizam patrulhamento na região por meio da Operação Delegada em conjunto com agentes da prefeitura. Afirmou ainda que realizou neste ano 3.132 apreensões na área.