Site oferecia dez caixas de Coronavac por R$ 98 e entrega grátis; polícia investiga

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Fiscais da Fundação Procon São Paulo fez uma operação, nesta segunda-feira (5), para identificar possíveis responsáveis por um site que anuncia a venda de caixas de vacina Coronavac por R$ 98 — Foto: Reprodução/Procon-SP

Site alvo de fiscalização do Procon-SP oferecia dez caixas de doses da Coronavac por R$ 98 e com entrega gratuita em todo o país, mas tinha endereço físico falso

G1


SÃO PAULO — Fiscais da Fundação Procon São Paulo fizeram uma operação, nesta segunda-feira (5), para identificar possíveis responsáveis por um site que anuncia a venda de caixas de vacina Coronavac por R$ 98, com entrega gratuita para todo o país. De acordo com o Procon, a loja virtual e o endereço físico do estabelecimento eram falsos.

A ação foi realizada após denúncias terem sido feitas nas redes sociais com a promoção da vacina. O caso foi levado para a Delegacia de Crimes contra o Consumidor, que vai instaurar inquérito policial para apurar o caso.

O Procon-SP faz um alerta para os “consumidores a ficarem atentos e denunciarem esse tipo de golpe.”

Em 23 de dezembro, o governo de São Paulo anunciou que a CoronaVac é eficaz, mas adiou novamente a divulgação dos resultados da terceira fase de testes.

A previsão é que o governo paulista e o Instituto Butantan divulguem na quinta-feira (7) os dados sobre o registro que será apresentado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre Coronavac. A comprovação da eficácia é necessária para que a vacina seja aprovada pela Anvisa. A vacinação está prevista para 25 de janeiro em SP, segundo o governo de São Paulo.

Durante a fiscalização feita pelo Procon-SP na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 2041, Vila Olímpia, a equipe constatou que a empresa não existe. “O site denominado Farmácia 24 horas, que está no ar, anuncia a venda de vacina contra o coronavírus por R$ 98, dez caixas com dez doses”, disse a fundação.

“As pessoas, diante da grave situação que estamos vivendo, adquirem essas vacinas que, obviamente, não serão entregues. Trata-se de um golpe, de uma empresa que não existe, que abusa do medo e insegurança dos cidadãos. Isso é crime e o Procon-SP vai atuar junto com a Polícia Civil”, disse em nota Fernando Capez, diretor-executivo do órgão de defesa do consumidor.