Acompanhada do seu candidato a vice, Eduardo Jorge, candidata da Rede visitou ambulatório médico no Cangaíba
No primeiro dia previsto pelo calendário eleitoral para campanhas nas ruas, a candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, visitou nesta quinta-feira (16) um ambulatório médico comunitário instalado dentro de uma igreja no Cangaíba, bairro da Zona Leste de São Paulo.
Ela estava acompanhada do candidato a vice na sua chapa, Eduardo Jorge (PV), e do vereador Gilberto Natalini (PV), que é médico e faz atendimentos gratuitos no ambulatório.
Ao conversar com os moradores da região, Marina afirmou que pode “ganhar uma eleição sem fazer o jogo” e disse esperar que a população promova uma operação “lava-voto nas urnas”, em referência à Operação Lava Jato, que investiga desvio de recursos públicos e corrupção na estatal Petrobras.
“Minha expectativa é que, desta vez, a população brasileira ajude a mudar o Brasil. E mudar o Brasil significa que não é aqueles que criaram os problemas sejam vistos como aqueles que irão resolver os problemas. A sociedade brasileira tem uma grande oportunidade de ajudar o que a Operação Lava Jato vem fazendo. A Operação Lava Jato está ajudando a desmontar um esquema perverso de corrupção e, agora, o povo brasileiro tem a oportunidade de fazer a operação lava-voto”, afirmou Marina.
Durante a visita à unidade de atendimento médico, a candidata defendeu também mais investimentos na área da saúde. “Se a gente fechar o dreno da corrupção, isso ajuda bastante a saúde”, disse.
Sem ‘politicagem’
Marina criticou a “politicagem” no setor da saúde e afirmou que, se eleita, as nomeações para a área seguirão critérios técnicos.
“Nossas nomeações vão acabar com a politicagem no setor da saúde. Nossas nomeações vão seguir a capacidade técnica, idoneidade ética e a capacidade de lidar com as pessoas”, afirmou.
Marina prometeu ainda aumentar os recursos para o Sistema Único de Saúde (SUS). “Nós temos um compromisso de que o SUS funcione para o atendimento das pessoas de baixa renda. O SUS é o plano de saúde dos brasileiros e fazer que ele funcione na sua plenitude e nós temos o compromisso de aumentar os recursos”, disse a candidata.
Casamento gay
Antes do início do evento, Marina foi questionada por jornalistas sobre a sua posição em relação ao casamento gay e respondeu que, se o Congresso aprovar uma lei autorizando isso, ela irá “acolher” a decisão.
Hoje, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é garantido no Brasil por uma decisão de 2013 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que obriga os cartórios de todo o país a celebrar o casamento civil e converter a união estável homoafetiva em casamento.
“Vivemos em uma democracia e em um estado laico, não houve nenhuma mudança em meu posicionamento anterior. Quem aprova a lei desta magnitude é o Legislativo e, neste caso, respeitamos a decisão do Legislativo. Se o CNJ decidiu, já tem força de lei”, afirmou.
Marina Silva reiterou que a sociedade é “laica” e que os direitos individuais devem ser respeitados.
“Vivemos em uma sociedade laica e os direitos civis das pessoas devem ser respeitados, independente das posições que podemos ter. Numa democracia é assim que funciona”, explicou.
Na campanha de 2014, quando também disputou a Presidência, uma polêmica envolveu a sua política voltada para a comunidade LGBT.
Um dia depois de divulgar o seu programa de governo para aquela eleição, ela decidiu retirar trecho que manifestava apoio a propostas para legalizar o casamento igualitário no Brasil, permitindo a união entre pessoas do mesmo sexo.
Fonte: G1