Superlotação está 180% acima da capacidade. Casa de saúde disse que pediu ajuda à prefeitura e ao governo do estado
21/04/2019 – 12:27
SÃO PAULO (G1) – O pronto-socorro do Santa Marcelina atende somente casos com risco de morte há duas semanas. A direção informou nesta quinta-feira (18) que o hospital está superlotado, sem macas e sem bicos de oxigênio.
O Hospital Santa Marcelina é uma instituição filantrópica privada que destina 87% do atendimento aos pacientes do SUS e é considerado referência de saúde na Zona Leste da cidade de São Paulo.
Por ano, a casa de saúde localizada em Itaquera, no bairro da Vila Carmosina, atende 150 mil pessoas no pronto-socorro e realiza 25 mil internações, 14 mil cirurgias, 400 mil atendimentos ambulatoriais, além de transplantes de medula óssea e rim.
Superlotação de 180%
A reportagem do SP2 teve acesso a um relatório do dia 16 de abril, assinado pelo diretor clínico Daniel Garcia Júnior, que informa “a superlotação de 180% acima da capacidade para atendimento clínico e cirúrgico na unidade de emergência, comprometendo o atendimento e a segurança dos pacientes, além de expor os profissionais”.
Dessa forma, o atendimento foi limitado a casos de urgência, que chegarem de ambulância ao pronto-socorro. Os demais pacientes devem recorrer a alguma AMA ou UBS da região.
Em nota, o Santa Marcelina informou que devido à superlotação, os atendimentos do SUS de média e baixa complexidade tem sido encaminhados para outras unidades de saúde e hospitais secundários da região. O hospital disse ainda que pediu apoio às secretarias municipal e estadual de saúde.