Projeto estava previsto para começo de 2018. Administração municipal alega custo da manutenção
22/05/2019 – 14:10
SÃO PAULO (G1) — A Prefeitura de São Paulo está testando um novo tipo de piso para as calçadas do centro histórico da cidade: concreto, no lugar das tradicionais pedras portuguesas. O teste faz parte do Projeto Triângulo SP, que tem o objetivo de revitalizar a área e estimular a vida noturna no centro.
O projeto ganhou esse nome porque a região que será revitalizada tem quase a forma de um triângulo e fica entre as ruas Boa Vista, Benjamim Constant e Líbero Badaró. As pontas são a Praça da Sé, o Largo São Francisco e o Largo São Bento. A previsão é que 68 mil metros quadrados sejam substituídos por concreto. Além de trocar o piso, a prefeitura quer mudar a iluminação e colocar bancos.
A prefeitura alega que as pedras portuguesas não aguentam o grande fluxo de pessoas e de veículos pesados, como o caminhão que faz a limpeza, e também que o custo da manutenção é seis vezes maior que o de concreto.
O secretário municipal de Turismo, Orlando Faria, disse que quer transformar a área num polo de economia criativa. “Estamos pensando vários eventos para esse território, e convidar cada vez mais o povo de São Paulo e turistas para conhecer o Centro”, disse o secretário.
Há mais de 10 anos, a mudança foi feita na Avenida Paulista e causou polêmica, já que o calçamento tem valor histórico.
Projeto anunciado por Doria
A ideia de trocar as pedras portuguesas do Centro não é nova. Em novembro de 2017, a prefeitura, então sob a gestão de João Doria, disse que iria fazer a troca até janeiro de 2018. Na época, o anúncio foi o de que o modelo seria o mesmo usado na Avenida Paulista, onde a pedra portuguesa foi preservada em frente aos prédios tombados.
Em abril de 2018, com as obras atrasadas, a administração municipal disse que o projeto para a execução das intervenções no calçadão no Centro da cidade estava sendo finalizado. Disse ainda que a primeira fase havia sido aprovada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental, e que iria ser feita licitação para a segunda etapa.