Pernilongos: inverno quente e seco favorece aumento de ataques

Pernilongos domésticos estão mais resistentes e tem tirado o sono dos moradores da região. Foto: Pixnio

Só em julho mais de 300 pedidos de avaliação de locais com infestação do inseto foram feitos; diz Secretaria Municipal da Saúde

 

Pernilongos domésticos estão mais resistentes e tem tirado o sono dos moradores da região. Foto: Pixnio

 

Moradores de toda a zona leste tem reclamado constantemente de ataques de pernilongos durante o inverno. Somente neste mês, foram realizadas 323 solicitações para avaliação de local com infestação de pernilongos na cidade de São Paulo, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde. Em 2017, no mesmo período, foram 20.

A aplicação de inseticidas pela secretaria, conhecida como “fumacê”, em focos do pernilongo doméstico, o Culex quinquefasciatus, são programadas principalmente por meio de solicitações pelo SAC (Sistema de Atendimento ao Cidadão), informa a secretaria.

 

Pernilongos no inverno?

 

Segundo a entomologista Maria Anice Sallum, professora de Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP, os pernilongos domésticos se adaptaram aos inseticidas comerciais, e estão mais resistentes.

A infestação registrada neste inverno, acontece porque as condições climáticas tem favorecido a proliferação de larvas, o que resulta em uma maior quantidade de mosquito. O tempo quente e seco impedem que as larvas morram, e a falta de chuva torna os criadouros mais estáveis.

 

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A forma mais eficaz para combater os pernilongos é por meio da eliminação dos criadouros. “Os inseticidas, como o ‘fumacê’, utilizado para pulverizar as margens do rio Pinheiros, devem ser utilizados somente em caso de epidemia. No caso de desconforto, como ocorre agora, a medida é tomar os devidos cuidados dentro da própria casa”, afirma a entomologista.