Menino de três anos foi atendido em hospital privado de Osasco. Prefeitura diz que secretaria estadual de Saúde investiga o caso
G1
São Paulo
Uma criança de 3 anos morreu em Osasco, na Grande São Paulo, cinco dias após tomar a vacina contra a febre amarela.
O caso ocorreu no dia 19 de janeiro. Segundo a Prefeitura de Osasco, o menino era morador de Carapicuíba e foi atendido em um hospital particular de Osasco com quadro de encefalite (inflamação no cérebro).
Em nota, o Hospital Renascença, para onde a criança foi levada no dia 17, afirma que o menino Murilo Pio deu entrada no centro médico com febre e aumento dos gânglios linfáticos. Ele passou por exames e foi liberado com diagnóstico de “nasofaringite aguda” (resfriado).
No dia 18, retornou ao hospital com queixa de vômito. Na nova consulta, ainda de acordo com o hospital, os médicos foram informados que a criança tinha apresentado reação após ser medicada pela avó. Os pais do menino também revelaram que ele tinha sido vacinado contra a febre amarela cinco dias antes.
O Hospital afirma que, na ocasião, durante exame médico em consultório, o paciente apresentou contrações musculares da face e, antes do término do exame, teve uma crise convulsiva generalizada, sendo encaminhado imediatamente para sala de emergência. Ele acabou sofrendo uma parada cardiorrespiratória na sequência e morreu 40 minutos depois.
O Hospital diz aguardar o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar a causa da morte do paciente.
Também por meio de nota, a Prefeitura de Osasco considerou “prematuro” afirmar que a morte foi provocada pela vacina. “É preciso investigar a causa, o que será feito pelo Instituto Adolfo Lutz.”
Mortes por reação
Até o dia 19 de janeiro, o estado de São Paulo tinha registrado, desde janeiro de 2017, três mortes causadas por reação à vacina de febre amarela, segundo balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde. De acordo com a pasta, outros seis casos de morte por reação à vacina ainda estão sob investigação.
O balanço do governo estadual também aponta que, desde janeiro de 2017, foram 36 mortes por febre amarela silvestre no estado de São Paulo e 81 casos de contágio da doença. Desse total, 41 foram em Mairiporã, na Grande São Paulo. Em 12 de janeiro, eram 21 óbitos e 40 casos de pessoas com a doença.