Governo de SP deve adotar fase vermelha por 15 dias

25 de março - Leste Online
Comércio fechado na rua 25 de Março durante a quarentena. Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil/Divulgação

Anúncio deve ser feito na coletiva desta quarta-feira (3). Detalhes estão sendo discutidos com o Centro de Contingência

R7


SÃO PAULO — Todo o estado deve ser classificado na fase vermelha do Plano São Paulo de combate à pandemia em meio ao aumento do número de casos, internações e mortes por covid-19. O anúncio acontecerá na entrevista do governo paulista marcada para as 12h45 desta quarta-feira (3). Os detalhes estão sendo discutidos pela cúpula do governo estadual e por membros do Centro de Contingência contra o Coronavírus nesta terça-feira (2).

O funcionamento das escolas deve ser limitado em 35% do número de alunos matriculado, como já prevê o plano atualmente.



Nesta terça, o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, chegou a afirmar que é favorável à suspensão das aulas presenciais por conta do agravamento da pandemia de covid-19. Ele argumenta que manter escolas abertas implica em uma série de deslocamentos fora dos colégios que contribuem com a propagação do vírus.

Por outro lado, o Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) emitiu nota, também nesta terça, criticando o que chamou de “defesa da suspensão das atividades presenciais de todos os níveis da educação do país”. A manifestação da entidade ocorreu um dia após o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) pedir a suspensão do funcionamento das escolas, entre outras medidas, para conter o avanço da pandemia no Brasil.

UTIs lotadas

Pelo menos quatro grandes hospitais privados da capital paulista – Einstein, Oswaldo Cruz, BP e São Camilo, afirmam que atingiram nos últimos dias 100% de ocupação de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para internados com covid-19. Com isso, já trabalham na abertura de novos leitos.

Ao contrário da Prevent Senior que decidiu suspender as cirurgias eletivas para evitar superlotação, as unidades consultadas afirmam que continuam realizando os procedimentos considerados de não emergência.